Apesar de admitir a importância das disputas municipais do ano que vem para o PSL, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não pretende participar intensamente do processo eleitoral. Durante entrevista, o presidente afirmou que pediu para seus filhos que “mergulhem” na política e esqueçam eleição.
Mas em relação à disputa para a Prefeitura de São Paulo, o presidente destacou a popularidade do apresentador José Luiz Datena. Filiado ao DEM, Datena é considerado uma alternativa pelo clã Bolsonaro. O presidente afirmou que pretende conversar pessoalmente com o apresentador a respeito.
Bolsonaro não citou nem a deputada federal Joice Hasselmann nem o deputado estadual Gil Diniz – ambos já demonstraram interesse em disputar prévias pelo PSL.
Visto como um “outsider” da política com forte potencial eleitoral, Datena coleciona pré-candidaturas que acabaram não se concretizando. Em 2018, após se filiar ao DEM, o apresentador chegou a anunciar que seria candidato ao Senado. Ele também cogitou concorrer à prefeitura paulistana em 2016, quando se filiou ao PP com essa intenção.
Depois de assumir o comando do PSL em São Paulo, em maio, Eduardo Bolsonaro relatou no Twitter uma reunião que teve com Datena para discutir uma possível candidatura. “Conversamos sobre eventual filiação ao PSL. Está tudo em aberto e torcemos para que uma pessoa reconhecida pela defesa da segurança pública venha e enaltecer os quadros do PSL-SP”, escreveu o filho de Bolsonaro.
As tratativas abertas por Datena com o PSL resultaram em um bate boca nas redes sociais entre os deputados Eduardo Bolsonaro (PSDB-SP) e Alexandre Frota, que foi expulso do partido e hoje está no PSDB.
Na avaliação de Bolsonaro, o PSL tem todas as chances de eleger um número grande de prefeitos se souber se organizar para isso. Dinheiro não será um problema para isso acontecer. Como partido mais votado nas eleições de 2018, o PSL terá, ano que vem, a maior fatia dos fundos públicos usados para financiar candidaturas – cerca de R$ 400 milhões.
