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quarta-feira, 24 abril, 2024

Registros de óbitos aumentam 21% nos últimos dez anos, aponta IBGE

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O número de mortes ocorridos e registrados no Brasil, nos últimos dez anos, aumentou 21,2%, passando de 1.055.672, em 2008, para 1.279.948, em 2018. Os dados foram divulgados, hoje (4), na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Esse crescimento ocorreu em virtude da diminuição da mortalidade nas idades iniciais, o que faz com que um maior contingente de indivíduos chegasse às idades finais, gerando, assim, um incremento no número de óbitos nas idades mais avançadas, que apresentam mortalidade elevada”, diz estudo do IBGE.

Em 1978, as mortes de crianças menores de 5 anos de idade representavam 32,6% do total de óbitos registrados. Já o percentual de mortes de pessoas com 65 anos ou mais de idade representava 30% do total.

Com o envelhecimento da população, no ano passado 59,8% das mortes foram de pessoas com 65 anos ou mais. Já a proporção de mortes de menores de 5 anos de idade foi de 2,8% do total em 2018, uma queda de cerca de 30 pontos percentuais nos últimos 40 anos.

Mortalidade masculina

A pesquisa também destaca que a mortalidade masculina é normalmente superior à feminina ao longo da vida, mas que entre jovens e adultos jovens essa diferença se acentua. “As causas principais para o aumento dessa diferença são os óbitos por causas externas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.), que incidem com mais intensidade na população masculina”, diz o IBGE.

“Um homem entre 20 e 24 anos tem 11 vezes mais chance de não chegar aos 25 anos que uma mulher na mesma idade. Os homens estão mais sujeitos a morrer de causas não naturais que as mulheres”, disse a analista da Coordenação de População e Indicadores Sociais Klivia Brayner de Oliveira, coordenadora da pesquisa.

O estudo também aponta que houve incremento de mortes por causas externas nas pessoas mais velhas, sendo que uma parte considerável pode ser atribuída às quedas acidentais. O IBGE cita o levantamento do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Em 2017, do total de causas de mortes provenientes de quedas, 45,2% ocorreram na população de 80 anos ou mais de idade.

Nascimentos

Em 2018, 2.983.567 registros de nascimentos foram feitos em cartórios no Brasil. Desse total, 2.899.851 referem-se a crianças nascidas em 2018 e registradas no mesmo ano e cerca de 3%, 83.716, correspondem a pessoas nascidas em anos anteriores.

Segundo o IBGE, na comparação com o ano anterior, observou-se aumento aproximado de 1% no número de registros de nascimentos ocorridos e na unidade da federação de residência da mãe conhecida.

A pesquisa também analisou a idade das mães na ocasião do parto e identificou progressiva mudança com o aumento da idade. De acordo com os registros, em 1998, os bebês nasciam de mães mais jovens, sendo mais de 30% gerados entre as que tinham de 20 a 24 anos.

Em 2018, a participação dos grupos de 20 a 24 anos e 25 a 29 anos de idade equivalem a 24,5% e 23,7%, respectivamente. A pesquisa mostrou um aumento da proporção de mães com mais de 30 anos: as que têm entre 30 e 34 anos representam 20,9% do total e as que têm entre 35 a 39 anos, 12,5% do total.

As Estatísticas do Registro Civil reúnem informações sobre nascidos vivos, casamentos, óbitos e óbitos fetais informados pelos cartórios de registro civil de pessoas naturais, bem como sobre os divórcios declarados pelas varas de família, foros, varas cíveis e tabelionatos de notas.

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