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quarta-feira, 24 abril, 2024

Mulheres persas, belas sob véus

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Década de 1950, o Irã (antiga Pérsia) era destino de muitos por sua história milenar de arte, tapetes, arquitetura, conquistas, comércio, estradas e correios. Mulheres se destacavam em todas as áreas.  Mohammad Rezā Shāh Pahlavi foi o Xá do Irã de 1941 até a revolução (dos aiatolás) de 1979. Duas esposas do Xá provocaram paixões como novelas no Brasil: a bela Soraya e a poderosa Farah Diba. Reza casou-se com Soraya em 1951.  O Xá queria herdeiros para sua dinastia mas Soraya, a linda princesa dos olhos tristes, era estéril.

Na época não havia inseminação artificial. A “novela” teve divórcio em 1958, fuga para Paris e morte em 2001. Então, o Xá do Irã casou-se com a arquiteta Farah Diba em 1959, sua terceira e última esposa, coroada imperatriz em 1967. Em dez anos, ela deu à luz quatro filhos: Reza Cyrus, Farahnaz, Ali Reza e Leila. Em Paris, Soraya morreu sozinha no apartamento, com as mãos sobre um manuscrito de memórias, o livro até então inédito “O Palácio da Solidão”. Bela e “seca”, sua herança em imóveis, artes, dinheiro e joias ficou para o motorista.

O Xá Reza Pahlavi sofreu vários atentados. O fanático Fakhr-Arai deu cinco tiros atingindo-o na boca. Em abril de 1965, um soldado atirou no Xá (mas não acertou) matando dois seguranças do Palácio de Mármore. O Xá ainda relatou que russos tentaram várias vezes matá-lo (já que Reza era amigo dos Estados Unidos e da Europa cristã). No reino de Soraya e Farah, as mulheres iranianas estudavam, usavam véu se quisessem, dirigiam carros, barcos, aviões e participavam até de desfiles e concursos de miss. Bem, até que, num dia de 1979, os fundamentalistas fundaram a República Islâmica do Irã.

Galdino Mesquita

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