Desde que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reconheceu, no sábado (18), “inconsistências” na correção dos gabaritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, candidatos temem perder a vaga.
A maior preocupação dos alunos que fizeram o Enem é que erro não seja corrigido, e acabe prejudicando no Sisu. Muitos estudantes já procuraram o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mas não sabem se suas notas foram revistas.
Já Weintraub, explica que a falha ocorreu na transmissão das informações – que fez prova de uma cor teve o gabarito corrigido como se fosse outra cor.
Apesar disso, garantiu que até esta segunda-feira (20) o problema será resolvido e que o Inep segue apurando os erros e descartou que qualquer candidato possa ser prejudicado.
O desempenho do Enem é critério para concorrer no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece 237 mil vagas em universidades federais em todo o país. O período de inscrições foi mantido: terça-feira (21) a sexta-feira (24).
Além do Sisu, a nota do Enem pode ser usada na seleção de outras universidades, incluindo instituições em Portugal, e também em programas de apoio do governo – como o Prouni, que oferece bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares, e o Fies, que financia o pagamento de mensalidades.
Até o sábado, o MEC e o Inep não sabiam informar quantas pessoas poderiam ter sido atingidas, mas admitiram o erro em ao menos quatro provas de Viçosa, em Minas Gerais. O governo não descartou que as falhas podem ter ocorrido em outros estados e afirmou que investiga o caso.
Segundo Weintraub, o erro atingiu “alguma coisa como 0,1%” dos candidatos que prestaram o exame – o equivalente a 3,9 mil candidatos. Depois, Alexandre Lopes, presidente do Inep, falou que o erro poderia ter afetado “até” 1% – 39 mil pessoas. Ao fim, afirmou que “não chega a 9 mil”.