É o que aponta o Índice de Percepção de Corrupção (IPC) divulgado nesta quinta-feira (23), pelo Transparência Internacional.
O IPC é a mais antigo e abrangente ferramenta do mundo para monitorar a percepção de corrupção. Adota uma escala que vai de 0 (país muito corrupto) a 100 (muito íntegro). No ano passado, o Brasil atingiu nota 35, a mesma obtida em 2018.
A diferença é que em 2019, o Brasil caiu uma posição em relação aos demais países e territórios avaliados. Assim, está na 106ª posição, empatando com a Albânia, Costa do Marfim, Argélia e Egito. Já em 2018, o Brasil aparecida na 105ª posição.
Outro ponto preocupante: a edição de 2019 marca o 5º ano consecutivo em que o Brasil piora sua posição em relação aos demais países. A última vez que o Brasil avançou foi em 2014, chegando a 69ª posição. De lá para cá, só houve quedas.
A pontuação do Brasil também estagnou: desde 2016, quando o país atingiu 40 pontos na escala da Transparência Internacional nada mudou.
O estudo da Transparência Internacional é um índice composto, isto é, um levantamento elaborado a partir de outras pesquisas. Neste ano, foram utilizados 13 indicadores e pesquisas elaborados por diferentes instituições. Foram considerados trabalhos do Banco Mundial, do Fórum Econômico Mundial, e da publicação britânica The Economist, entre outras.
Os indicadores usados pela Transparência Internacional, por sua vez, são elaborados à partir da percepção de executivos e acadêmicos que estudam cada um dos países, explica ele.
Embora o IPC exista desde 1995, a metodologia atual é adotada desde 2012 — e é elaborada de tal forma que os resultados podem ser comparados, ano a ano.
O índice é hoje usado por diversos bancos e empresas na hora de decidir sobre como fazer negócios em determinado país, diz France. Países onde há maior percepção de corrupção demandam maiores controles e precauções.
