Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (21), o Ministério Público de Minas Gerias (MPMG) afirmou que a empresas Vale e TÜV SÜD emitiam declarações falsas sobre a condição de estabilidade de, pelo menos, dez barragens. Na lista, nomeada de “Top 10”, estava a barragem de Brumadinho, na região Metropolitana de Belo Horizonte, que se rompeu no dia 25 de janeiro de 2019 e matou 270 pessoas.
“Era uma lista mantida sigilosamente, internamente, pela Vale. Uma lista de barragens em ‘situação inaceitável de segurança’. Era assim que eram reconhecidas ao menos essas dez barragens geridas pela Vale”, disse coordenador do núcleo criminal da força-tarefa do Ministério Público, William Garcia Pinto Coelho.
O ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e mais 15 pessoas, foram denunciadas pelo crime de homicídio doloso – que há intenção de matar. Além disso, também vão responder por crime ambiental, assim como as duas empresas envolvidas no desastre.
De acordo com o MP, a ocultação de informações como estra vem acontecendo desde novembro de 2017.
Em nota, a TÜV SÜD disse que está oferecendo “cooperação às autoridades e instituições no Brasil e na Alemanha no contexto das investigações em andamento”.
Já a Vale, disse em nota que é “prematuro apontar assunção de risco consciente para provocar uma deliberada ruptura da barragem”.