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terça-feira, 23 abril, 2024

O infeliz e desastroso Santander

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O Banco Santander veiculou um comercial afirmando que jornal só serve para catar sujeira. O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação) suspendeu a propaganda, considerando-a ofensiva. Bem que o Conar poderia deixar isso no ar – jornal só serve mesmo para catar sujeira. Sim, reunir toda a sujeira dos bancos, dos governos, e torná-la pública.

O Santander, cuja matriz (a origem do mal) é na Espanha, chegou ao Brasil quando comprou o Banespa, que até então pertencia ao Governo do Estado. Ao assumir, implantou sua política de terror e escravidão, motivando funcionários do Banespa à demissão, num Programa de Demissão Voluntária bem maroto.

Bancos nunca foram bem vistos pela população. São usurários ao extremo, impiedosos nas cobranças. O Santander é assim mesmo. Basta ver as taxas de juros do cheque especial ou do cartão de crédito. As maiores do mundo. Mas aqui no Brasil. Em outros países, amolda-se às normas locais. Aqui é um escroque de primeira grandeza.

Em outros comerciais, principalmente na TV, o Santander tentou posar de bonzinho. Só tentou. Ninguém acreditou em suas lorotas. No comercial que citou o jornal para catar sujeira, desconhece-se qual a intenção. Chocar? Ofender? Menosprezar? A verdade é que os jornais vão mesmo continuar catando a sujeira que banqueiros esparramam pelo País.

Em décadas passadas, reclamava-se dos juros cobrados pela Máfia. Comparada aos bancos atuais – incluindo o Santander – a Máfia era boazinha. A Máfia quebrava as pernas do caloteiro. Os bancos tiram o que podem dos hoje chamados inadimplentes. Os bancos infernizam a vida de quem deve com cobranças por carta e telefone, e ainda tornam o devedor negativo nos serviços do proteção ao crédito, como o Serasa. Pensando bem, melhor viver dois ou três meses com as pernas quebradas, que um dia são curadas, do que suportar os bancos.

Bancos, via de regra, só acalmam seu furor quando percebem que o devedor não vai mesmo pagar. Então propõe acordos. Se o sujeito devia 30 mil, aceitam 5 mil para quitar a dívida. E ainda parcelam esses 5 mil a perder de vista. Ora, se cobram 30 e 5 resolvem tudo, sinal que estavam escorchando o infeliz. O Santander também está nessa usura.

Bancos em geral – incluindo o Santander – não respeitam as leis. O atendimento preferencial é um caso. A lei afirma atendimento preferencial. Ou seja, com preferência, na frente dos demais. Isso vale para deficientes, idosos, gestantes. Os bancos burlam vergonhamente a lei, criando os caixas de atendimento preferencial. E assim, num canto qualquer, amontoam os idosos, os deficientes, as gestantes.

O Banco Santander não é nenhuma vestal. Nâo tem o direito de achincalhar com o papel da Imprensa, seja o tipo que for – revista, jornal, mídia eletrônica. Tem sim o dever de tratar bem seus clientes. E tratar bem não é colocar uma funcionária bonita, elegantemente vestida, para orientar filas ou receber as pessoas.

Tratar bem é não extorquir, não remunerar investimentos com migalhas, e principalmente, respeitar quem cata a sujeira que os bancos jogam em suas agências com suas práticas abusivas.

ANSELMO BROMBAL
Jornalista

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