Após confirmação de um caso de reinfecção pelo novo coronavírus em Hong Kong, a Holanda e a Bélgica também confirmaram casos semelhantes. O paciente holandês era um idoso com sistema imunológico enfraquecido, segundo uma emissora de TV local.
Já o caso belga foi de uma mulher, que contraiu a doença pela primeira vez em março e pela segunda em junho. Segundo informações ela teria apresentado apenas sintomas leves e não precisou ser internada.
A comprovação de casos de reinfecção requer testes genéticos tanto no primeiro quanto no segundo momento de infecção para ver se há diferenças no vírus presente no corpo.
“Que alguém apareça com uma reinfecção, isso não me deixa nervosa. Temos que ver se isso acontece com frequência”, declarou o virologista Marion Koopmans.
De acordo com um outro virologista, Marc Van Ranst, a mulher da Bélgica não desenvolveu anticorpos resistentes na primeira infecção, o que foi insuficiente para evitar uma nova contaminação por uma variante do mesmo vírus.
“Acho que nos próximos dias veremos outras histórias semelhantes. Essas podem ser exceções, mas existem e não são apenas uma. Não é uma boa notícia”, disse Van Ranst.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a reinfecção é possível, mas que os casos de reinfecção pelo novo coronavírus não parecem ser comuns. “É um caso documentado em mais de 23 milhões. E provavelmente veremos mais casos, mas parece não ser um evento regular”, afirmou a porta-voz Margaret Harris sobre o caso em Hong Kong.
Com o anúncio de casos de reinfecção pelo novo coronavírus, começaram os temores sobre a eficácia das vacinas que estão em teste, apesar dos especialistas dizerem que seria necessário haver muito mais casos de reinfecção para que eles se justificassem.
