Dois estudantes jundiaienses foram convocados para participar da seleção brasileira de astronomia. Tiago Mariotto Lucio e Vitor Eduardo Costa Santos, ambos de 17 anos, se destacaram na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e estão entre os 25 brasileiros que representarão o país.
A preparação para a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (OAA) e para a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) começou cedo.
A primeira parte da seleção foi em março, no Rio de Janeiro. A segunda seria em Vinhedo (SP), mas devido a pandemia do novo coronavírus foi cancelada e as aulas passaram a ser online.
“Com as aulas online tivemos mais tempo para estudar o conteúdo, já que eram realizadas todos os sábados pela manhã. Isso foi uma vantagem, porque presencialmente teríamos apenas alguns dias”, conta Tiago.
O jovem teve a terceira maior nota de todo o brasil e vai disputar a IOAA na categoria individual. Tiago sonha em ser engenheiro e realizará a prova nesta sexta-feira (25).
“Estou me preparando há meses e ansioso para saber como será feita a prova. Tenho estudado tanto para as questões teóricas quanto para as práticas”, comenta.
Já Vitor ficou na 16ª posição e disputará a OLAA, que será realizada nas duas últimas semanas de novembro.
“Comecei a me interessar pelo assunto no 9º ano, graças ao incentivo da escola. Hoje, penso em fazer engenharia, mas fico muito feliz de poder representar o país nessa olimpíada”, reforça.
Apoio da escola
Para que os dois alunos de Jundiaí pudessem se preparar bem para a competição, tiveram muito apoio do professor Virgílio Siqueira, que dá aulas de física e astronomia em um colégio do município.
“Acredito que estão bem preparados. Esse ano, tivemos mudanças, já que não pude acompanhá-los presencialmente, mas nossa expectativa é boa e esperamos bons resultados”, afirma o professor.
Para Virgílio, ver o entusiasmo dos alunos em aprender ciência traz um certo conforto em meio a tudo que estamos vivendo.
“Estamos passando por um período difícil para os cientistas, mas não vamos desistir. Vê-los empenhados me faz sentir um alívio, porque mostra que ainda temos jovens que acreditam na ciência”, finaliza.