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quarta-feira, 1 janeiro, 2025

Anticorpo é 93% eficaz contra internação de crianças por vírus sincicial

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Um estudo recente avaliou a eficácia do nirsevimabe, um anticorpo monoclonal contra o vírus sincicial respiratório (VSR), em crianças pequenas. Os resultados, publicados nesta segunda-feira (9) na revista JAMA Pediatrics, indicam que o medicamento apresentou 93% de eficácia na prevenção de hospitalizações relacionadas à infecção.

O nirsevimabe é um anticorpo direcionado contra o VSR, o principal causador de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas, especialmente em bebês. Este vírus é uma das principais causas da bronquiolite, doença marcada pela inflamação dos bronquíolos.

O estudo teve como objetivo avaliar se os novos medicamentos para prevenção do VSR reduziram as taxas de hospitalização por infecção em crianças menores de cinco anos, entre 2023 e 2024. Para isso, os pesquisadores compararam os dados epidemiológicos e a carga de doenças respiratórias agudas associadas ao vírus durante a temporada dos últimos dois anos com as três temporadas pré-pandêmicas (2017-2020).

A pesquisa foi conduzida em sete centros médicos pediátricos acadêmicos nos Estados Unidos, com dados das temporadas de VSR (de 1º de setembro a 30 de abril) entre 2017 e 2024. O estudo analisou 28.689 crianças menores de 5 anos com infecções respiratórias agudas, sendo 9.536 atendidas entre setembro de 2023 e abril de 2024 e 19.153 em períodos equivalentes de 2017 a 2020. A maioria das crianças era do sexo masculino (57%) e a idade mediana era de 15 meses.

Os resultados indicam que o nirsevimabe foi 89% eficaz na prevenção de doenças respiratórias agudas associadas ao VSR em bebês atendidos por médicos e 93% eficaz contra hospitalizações devido à doença. Esses dados demonstram a alta eficácia do medicamento na prevenção de doenças respiratórias e internações causadas pelo vírus, especialmente entre lactentes.

No entanto, o estudo alerta que apenas uma pequena parcela dos bebês em sua primeira temporada de VSR recebeu o nirsevimabe ou nasceu de mães que receberam o anticorpo durante a gestação.

“A aceitação da vacina contra o VSR e do nirsevimabe materno foi baixa, mas o medicamento se mostrou eficaz na prevenção de hospitalizações associadas ao VSR. Existe um grande potencial de impacto na saúde pública com uma maior e mais equitativa cobertura de produtos preventivos nas temporadas futuras”, afirmam os autores no estudo.

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