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segunda-feira, 21 abril, 2025

Carne e café: tendências de preço e impactos na inflação

A alta nos preços de produtos essenciais, como laranja, café e carne, segue sendo uma das principais preocupações do governo, que está intensificando suas reuniões para encontrar soluções para controlar a inflação no Brasil. Juntamente com esses itens, o açúcar e o óleo de soja também fazem parte da “lista de compras” do Executivo, que busca medidas para conter a pressão sobre o bolso do consumidor.

De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preço do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), o cenário ainda exige atenção redobrada, com o câmbio sendo um dos principais fatores por trás dos aumentos. O dólar, que encerrou 2024 com uma alta de 27,3%, tornou-se um dos responsáveis pela desvalorização do real, impactando diretamente os preços de produtos importados e, consequentemente, a inflação.

Essa combinação de fatores externos e internos continua a desafiar o governo, que precisa tomar medidas para evitar que a situação se agrave ainda mais no próximo ano.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preço do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), a alta no câmbio tem sido um dos principais fatores para a inflação em 2024. Ele alerta que, embora o dólar tenha subido quase 28% no ano passado, a expectativa é que em 2025 a alta seja em torno de 5%, dependendo da trajetória da moeda. Produtos importados, como trigo e farinha de trigo, terão um custo maior, o que impacta diretamente itens como o pão francês e o macarrão.

Além disso, o câmbio mais caro também incentiva os produtores a exportar mais, o que pode elevar os preços de produtos como a carne vermelha. A pressão do dólar sobre os preços será uma variável importante para o controle da inflação no futuro.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou 2024 com alta de 4,83%, ultrapassando o teto da meta do Banco Central (4,5%). O grupo Alimentação e Bebidas foi o grande responsável pela inflação do ano, com alta de 7,69% e contribuição de 1,63 ponto percentual para o índice total.

Em 2024, a alta no câmbio foi apontada como um dos principais responsáveis pela inflação, segundo André Braz, coordenador dos índices de preço do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). Apesar da alta de quase 28% do dólar no ano passado, a previsão é que em 2025 a moeda norte-americana se valorize cerca de 5%, dependendo da sua trajetória. A consequência disso é o aumento nos preços de produtos importados, como trigo e farinha de trigo, impactando diretamente itens essenciais como o pão francês e o macarrão.

A valorização do dólar também incentiva os produtores a focarem nas exportações, o que pode levar ao encarecimento de produtos como a carne vermelha. Dessa forma, a pressão do câmbio continuará sendo um fator importante no controle da inflação nos próximos meses.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2024 com uma alta de 4,83%, superando a meta do Banco Central de 4,5%. O grupo Alimentação e Bebidas foi o grande responsável pelo desempenho, com uma alta de 7,69%, contribuindo com 1,63 ponto percentual no resultado final do índice.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, ressalta que a demanda externa pela carne brasileira é um dos fatores que mantém os preços elevados. Ele explica que, além disso, os custos de insumos e logística também contribuíram para a alta. “Em um cenário de muito estresse, os preços podem subir até 20%”, afirmou.

No caso da laranja, Cruz aponta o impacto negativo do greening, uma doença causada pela bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus, que afeta laranjeiras e outras plantas cítricas. Esse problema tem agravado a oferta do produto, o que pode pressionar ainda mais os preços.

“Em 2025, a Cepea até espera uma produção maior, mas a temporada de chuvas não foi como o esperado, então recentemente reduziram a projeção. Não deve ser um grande alívio no preço”, pontua Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

A combinação de fatores climáticos e de produção continua sendo um dos principais desafios para o controle dos preços, especialmente da laranja. A expectativa é que, apesar de uma possível produção maior, o impacto das chuvas abaixo da média pode impedir uma queda significativa no custo.

“Café já terá uma produção menor em 2025, mas nesse caso o Brasil não é tão dominante como a laranja, o que pode dar um alívio nos preços com melhores produções em outros países”, afirma Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

A produção de café, embora também impactada por desafios climáticos, tem uma dinâmica diferente da laranja, com o Brasil não sendo o único grande produtor. A expectativa é que a alta nos preços seja atenuada caso outras regiões com maior oferta possam equilibrar o mercado global.

Por outro lado, os economistas ouvidos pela reportagem concordam que, em termos gerais, o agronegócio tende a ter um desempenho melhor em 2025, o que pode amenizar a pressão sobre os preços.

“Há a previsão de uma safra 10% superior à do ano passado. Em 2025, não devemos enfrentar fenômenos climáticos como o El Niño e La Niña, que alteram o padrão das chuvas. A ausência desses fenômenos garante uma safra mais abundante e uma oferta maior de alimentos. Isso pode reduzir o impacto dos alimentos na inflação”, conclui André Braz.

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