A Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, anunciou nesta terça-feira (7) que encerrará seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos.
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que os verificadores de fatos têm sido “muito parciais politicamente e destruíram mais confiança do que construíram, especialmente nos Estados Unidos”.
Em substituição ao programa atual, a Meta planeja implementar um sistema de “notas da comunidade”, semelhante ao utilizado pelo X (antigo Twitter), que permite aos usuários adicionar contextos às postagens.
Além disso, Zuckerberg criticou países da América Latina, alegando que possuem “tribunais secretos” que podem ordenar a remoção de conteúdos das plataformas, o que, segundo ele, institucionaliza a censura.
A decisão gerou reações diversas. Elon Musk, proprietário do X, elogiou a medida, afirmando que “isso é legal”.
Por outro lado, especialistas e defensores da checagem de fatos expressaram preocupação com o potencial aumento da desinformação nas plataformas da Meta.
Atualmente, a Meta mantém parcerias com cerca de 80 organizações de checagem de fatos em todo o mundo, incluindo a AFP, que verificam conteúdos em 26 idiomas.
A empresa não detalhou como a mudança afetará essas colaborações fora dos Estados Unidos.
A Meta já havia anunciado anteriormente a desativação do CrowdTangle, uma ferramenta que permite o monitoramento de redes sociais, utilizada por jornalistas e pesquisadores para rastrear desinformação.
A eliminação progressiva dessas ferramentas levanta questões sobre o compromisso da empresa em combater a disseminação de informações falsas em suas plataformas.