publicidadespot_img
20.4 C
Jundiaí
sexta-feira, 18 abril, 2025

Cacá Diegues, autor de Tieta do Agreste, morre aos 84 anos

Janeiro, aos 84 anos. O diretor, conhecido por sua contribuição fundamental ao Cinema Novo e por obras marcantes como Bye Bye Brasil e Orfeu, enfrentava problemas de saúde e se preparava para uma cirurgia. Segundo a Clínica São Vicente, a causa da morte foram “complicações cardiocirculatórias”.

O velório acontecerá neste sábado (15), das 12h às 16h, na Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição da qual Diegues era membro imortal. Após a cerimônia, o corpo do cineasta será cremado no Caju, na zona portuária do Rio.

Cacá Diegues deixa um legado inestimável para a cultura brasileira, com uma filmografia que retratou com sensibilidade e crítica as questões sociais do país.

Vida e obra

Carlos José Fontes Diegues nasceu em Maceió no dia 19 de maio de 1940. Ele se mudou para o Rio com 6 anos de idade. Na capital fluminense, passou a infância e adolescência no bairro de Botafogo, na Zona Sul.

Cacá Diegues foi um dos fundadores do Cinema Novo ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade e outros cineastas.

Ao longo de sua carreira, Diegues dirigiu mais de 20 filmes de longa-metragem. Entre os mais premiados estão Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1980), Veja esta canção (1994), Tieta do Agreste (1995) e Deus é brasileiro (2003). Outras obras notáveis incluem Ganga Zumba (1964), Os herdeiros (1969), Joanna Francesa (1973), Chuvas de verão (1978), Quilombo (1984), Um trem para as estrelas (1987), Orfeu (1999), O maior amor do mundo (2005) e O grande circo místico (2018), inspirado na obra do poeta Jorge de Lima.

Em 2012, Cacá Diegues foi homenageado no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em reconhecimento à sua contribuição à sétima arte nacional.

O velório acontecerá neste sábado (15), das 12h às 16h, na Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição da qual Diegues era membro imortal. Após a cerimônia, o corpo do cineasta será cremado no Caju, na zona portuária do Rio.

Cacá Diegues deixa um legado inestimável para a cultura brasileira, com uma filmografia que retratou com sensibilidade e crítica as questões sociais do país.

Na passarela do samba

Em 2016, o cineasta Cacá Diegues recebeu uma homenagem especial da escola de samba Inocentes de Belford Roxo, que desfilava pela Série A do Carnaval carioca. O enredo, intitulado “Cacá Diegues — Retratos de um Brasil em Cena”, foi criado pelo carnavalesco Márcio Puluker e destacou a trajetória do cineasta e sua contribuição para a cultura brasileira.

Cacá participou do desfile no último carro alegórico e se emocionou com a homenagem, descrevendo a experiência como um “grande encontro familiar”.

“Estou muito feliz em ser homenageado por uma escola de samba. Para mim, é um prazer inenarrável”, afirmou o cineasta na ocasião.

ABL

Cacá Diegues foi escolhido para ocupar a Cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2018, sucedendo o também cineasta Nelson Pereira dos Santos, seu amigo pessoal. Essa cadeira, que carrega uma rica história literária, já foi ocupada por nomes de destaque como o escritor Euclides da Cunha e Valentim Magalhães, um dos fundadores da ABL, que elegeu Castro Alves c

Ao longo dos anos, a Cadeira 7 também foi ocupada por outras personalidades de renome, como Afrânio Peixoto, Afonso Pena Júnior, Hermes Lima, Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz e Sérgio Corrêa da Costa, refletindo a importância cultural e intelectual desta posição.

Família

Cacá Diegues era pai de quatro filhos, sendo dois deles do casamento com a cantora Nara Leão. Ele era casado, desde 1981, com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães.

O cineasta deixa três netos.

SUGESTÃO DE PAUTAS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADEspot_img
publicidadespot_img

Deixe uma resposta