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quarta-feira, 2 abril, 2025

Professores do Sesi cruzam os braços nesta segunda-feira (31)

Os professores da rede Sesi de São Paulo decidiram, em assembleia realizada no último sábado (22), aderir à greve em todo o estado. Segundo a Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), a instituição ofereceu um aumento real de apenas 0,33%, uma proposta considerada insuficiente pela categoria. 

A greve dos professores do SESI está mantida desde as primeiras horas desta segunda-feira (31), incluindo a participação dos diretores do SINPRO nas portas das escolas. A votação da paralisação teve a adesão de 83% da categoria.

Além do reajuste salarial, a categoria listou suas principais demandas após sucessivas rodadas de negociação sem avanços significativos: 

  • Professores do Fundamental I da rede Sesi-SP enfrentam uma realidade cada vez mais desgastante: turmas superlotadas, com números que chegam a ultrapassar 60 alunos – e, em alguns casos, atingem até 90 estudantes. A situação tem gerado insatisfação generalizada entre os docentes, que apontam a prática como inviável para garantir um ensino de qualidade;
  • Outro ponto de tensão diz respeito à mudança da Educação de Jovens e Adultos (EJA) para a modalidade de Ensino à Distância (EAD). Com essa transição, professores relatam que têm sido obrigados a atender turmas com mais de 200 alunos, o que tem causado estresse e esgotamento físico e emocional. Além disso, a instituição também se nega a estabelecer limites máximos de estudantes para a modalidade EAD no acordo coletivo;
  • A situação é igualmente crítica na adaptação, fase destinada à recepção de novos alunos para identificar suas necessidades educacionais específicas. Professores que atuam nessa área relatam que faltam trabalhadores para lidar com a crescente demanda. Com poucos profissionais disponíveis, as tarefas se acumulam, comprometendo a qualidade do atendimento e aumentando a sobrecarga. Diante desse cenário, a categoria reivindica urgentemente a contratação de mais profissionais para reduzir o volume excessivo de trabalho e garantir condições adequadas tanto para os docentes quanto para os alunos.

Neste primeiro dia do movimento grevista, houve paralisações totais ou parciais nas escolas da rede Sesi em todo estado de São Paulo.

O SinproSP (Sindicato dos Professores de São Paulo) e a Fepesp estão empenhados na Campanha salarial desde novembro de 2024. Até agora, houve 11 rodadas de negociação para defender a pauta de reivindicação dos professores – que foi escolhida em assembleia.

Para avaliar o primeiro dia de paralisação, o SinproSP – junto com a Fepesp, farão uma assembleia remota ainda nesta segunda-feira, às 18 horas.

Outro lado

O presidente da Federação, Celso Napolitano, declarou, no portal da Fepesp: “O segmento patronal fala em ensino de qualidade, mas para isso é preciso valorizar o agente educador, ou seja, as professoras e professores”. Celso lembrou ainda que já ocorreram 10 rodadas de negociação, sem avanços efetivos. 

Em nota, o Sesi-SP alegou: “O SESI-SP está em processo de negociação do pleito dos professores, por meio dos sindicatos que os representam, e busca o entendimento, conforme os preceitos que pautam a entidade, de respeito e valorização dos profissionais.” 

SUGESTÃO DE PAUTAS

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