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segunda-feira, 22 setembro, 2025

Hospital de Campo Limpo em crise gigante. Greve é iminente

Não faltam acusações ao prefeito Adeildo Nogueira. O Hospital de Clínicas de Campo Limpo Paulista está na iminência de uma greve. O prefeito é acusado de ignorar as necessidades dos funcionários do hospital e da população.

O Sindicato da Saúde, de Jundiaí, tentou marcar algumas reuniões com Adeildo, mas ele se negou a receber os sindicalistas. Uma das irregularidades é que funcionários do hospital trabalharam três meses sem registro em carteira. Na semana passada, técnicos e enfermeiros tiveram seus salários reduzidos. Já faltam profissionais em algumas áreas.

A intenção dos funcionários é fazer greve. Há uma assembleia marcada para a quarta-feira (24), às 15 horas, para decidir o que fazer. “O prefeito está mais preocupado com rodeio do que cm a crise na área da Saúde”, diz um representante do sindicato.

Carta aberta

Os funcionários do hospital divulgaram na sexta-feira uma carta aberta à população, cujo teor é o  seguinte:

“É com profundo descontentamento e indignação que viemos a público revelar a dura realidade enfrentada dentro do nosso ambiente de trabalho. Somos profissionais da saúde, comprometidos com vidas, mas diariamente cercados pelo descaso. Mesmo diante da sobrecarga, seguimos firmes em nossa missão, ainda que as condições impostas comprometam tanto nossa dignidade quanto a segurança dos pacientes.

A situação é alarmante:

 • Falta de profissionais sobrecarrega as equipes e ameaça a qualidade do atendimento.

 • Uniformes adequados e produtos básicos de higiene simplesmente não chegam.

 • Materiais essenciais de rouparia, medicações fundamentais e equipamentos básicos estão em constante escassez.

 • Monitores defeituosos, que desligam ao menor movimento na tomada, colocam pacientes em risco.

 • Apenas um aparelho de ECG para todo o hospital representa um perigo real em diagnósticos emergenciais.

 • Estrutura física deteriorada expõe trabalhadores e usuários do sistema a situações de vulnerabilidade.

Apesar de todas essas dificuldades, continuamos a trabalhar com ética e dedicação. Porém, como se não bastasse o abandono estrutural, fomos surpreendidos com redução salarial, após três meses de promessas da atual administração de que nossos vencimentos seriam preservados.

Chega de promessas vazias e discursos prontos. Exigimos respeito, condições dignas de trabalho e valorização profissional. A população tem direito a um serviço de saúde eficiente e seguro. Nós, trabalhadores, temos direito à dignidade.

Não é mais possível silenciar. É hora de olhar para essa realidade, ouvir quem vive na linha de frente e cobrar das autoridades soluções imediatas.

Pela saúde dos pacientes. Pela saúde dos profissionais. Pelo futuro do nosso sistema de saúde”.

Como de hábito, a Prefeitura não se manifestou sobre a crise. Por lá, só se fala em rodeio.

SUGESTÃO DE PAUTAS

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