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terça-feira, 16 abril, 2024

Da sala de aula à Câmara, a trajetória da professora

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A professora Neizy Cardoso chegou a Jundiaí em 1980. Nem pensava chegar onde chegou. Nascida em Guareí (cidade perto de Itararé, a 350 quilômetros da Capital), formou-se na antiga Escola Normal de Itararé, no curso de Magistério. Era o tempo das normalistas.
Já veio casada com José Adriano, que conheceu por lá – ele era viúvo e tinha tinha dois filhos. Com ele, Neizy teve outros três. “Viemos para Jundiaí para oferecer mais opção de estudos para nossos filhos”, afirma. E não foi tão difícil – Neizy dava aulas no Estado e pediu transferência. Foi para o Siqueira de Moraes.
Na escola, se engajou no movimento da APM (Associação de Pais e Mestres), chegou a sua presidência e conseguiu muita coisa. Deu aulas também nos colégios São Vicente e no Divino Salvador. Até que em 1990 um grupo de professores passou a se reunir, e a conclusão foi que não eram organizados.
Foi então que nasceu o Sinpro (Sindicato dos Professores). Neizy estava na primeira diretoria e foi ficando. Chegou a secretária geral, mas o presidente foi para outra cidade, e houve remanejamento de diretores – Neizy tornou-se a presidente do Sinpro.
Está no sindicato há 24 anos, e há doze o preside – não vai disputar a reeleição, já avisou. “Quando começamos o sindicato tinha uma sede alugada no Centro. Hoje tem sede própria e é um sindicato forte atuante”, diz ela.
O trabalho no Sinpro a levou para o PT (Partido dos Trabalhadores) e a disputar eleições. Em 1996 foi suplente na Câmara, e em 2000 se elegeu vereadora. Passou bom tempo brigando para aprovar um projeto obrigando as cantinas escolares a servirem alimentos mais saudáveis, preocupada com a obesidade infantil.
Desencantada com o PT, mudou de partido. Disputou outras duas eleições, sem sucesso, em 2004 e 2008. De 2005 a 2012 dirigiu a Biblioteca Municipal, onde criou a Olimpíada de Redação. Desde 2008 está longe das salas de aula, o que lhe deu tempo para escrever dois livros.
Hoje se dedica aos netos, e ainda cobra resultados nos cadernos. Neizy é formada à moda antiga, no tempo em que as escolas ensinavam Francês e Latim, e tinham caderno de caligrafia – nota ruim em caligrafia também reprovava. Tempos da caneta de pena e da caneta tinteiro.

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