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quinta-feira, 25 abril, 2024

Crise chega aos shoppings, após década de euforia

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Cidades de todo o país esperam pelos prometidos shoppings, anunciados durante a euforia do consumo. Projetos inteiros foram cancelados ou adiados, e os que já estavam funcionando constatam que a cada dia diminui o número de clientes – basta ver estacionamentos, antes lotados, hoje às moscas.
Uma reportagem publicada pelo Wall Street Journal (Estados Unidos), afirma que há 130 shoppings inaugurados a partir de 2010 que estão em cidades que prometiam muito. O caso de Jundiaí não foge à regra. O Iguatemi, que já era para estar funcionando, nunca saiu do papel.
O último shopping inaugurado na cidade, o Jundiaí Shopping, ainda não pegou. Há lojistas reclamando do preço do aluguel (há até quem se recuse a pagar, devido às fraquíssimas vendas), do condomínio e principalmente da falta de clientes. Culpam tudo, desde a situação econômica atual até a falta de publicidade.
O Shopping Paineiras assusta. Há dias que parece deserto, com lojas fechadas e sem clientes. O Multimodas também viu a clientela sumir. O Maxi Shopping, que era o mais concorrido, também sente a falta de clientes. Seu estacionamento, outrora disputado, hoje tem vagas sobrando – dá pra escolher lugar.
Pra piorar, parte do público que frequenta shopping – e uma parte grande – não consome. Ou, quando consome, deixa seu dinheiro nas praças de alimentação e nos cinemas. Passam nas lojas para ver vitrines ou flertar com funcionários.
O Wall Street Journal cita uma cidade próxima, Sorocaba, como a “cidade dos shoppings fantasmas”. Até 2012 Sorocaba tinha três shoppings, mas nos últimos três anos inaugurou mais cinco, com 1.120 lojas. Um deles, o Plaza Itavuvu, viu fechar a maioria das 120 lojas. Pra economizar, não abre nos fins de semana, reduziu seu funcionamento em duas horas. Na praça de alimentação, sobrou só a loja do Burger King.
Outro shopping de Sorocaba, o Villagio, inaugurado em 2012, tem só 10% de suas 98 lojas funcionando – o resto está às moscas. Segundo a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), há previsão de inauguração de novos 26 centros comerciais neste ano – a maioria sobra do ano passado – 14 já foram adiadas.
Na Capital, o Shopping Ibirapuera estava, na semana passada, com 40 lojas vagas. No JK Iguatemi, a direção colocou tapumes em frente às lojas sem inquilinos. Outros, preferem disfarçar a crise, facilitando a vida de quem quer se instalar, sem cobrança de luvas e com aluguel camarada.
Em Jundiaí, há comerciantes que atribuem a queda de vendas e o sumiço da clientela dos shoppings a um centro de compras bem próximo – o Outlet, que vive lotados nos fins de semana. Consultados pelo Jundiaí Notícias, os shoppings de Jundiaí não se manifestaram até o fechamento desta edição.
Foto: Jundiaí Shopping e sua ala sem clientes | DIVULGAÇÃO

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