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quinta-feira, 25 abril, 2024

Bem-humorada, Sandra ensina cozinhar com arte

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Não é de hoje que Sandra Romansini tem intimidade com o fogão. Aos seis anos aprendeu cozinhar com o pai. Nunca mais parou. Há três anos apresenta o programa Temperos de Cinema na TV Rede Paulista, onde recebe convidados, faz e cozinha as receitas (e sempre um prato diferente), incluindo as sobremesas. No final, todos jantam. “O programa é uma verdadeira comilança”, ela brinca.
Antes de chegar à Rede Paulista, Sandra ajudou muita gente famosa. Foi auxiliar de Ofélia, a precursora das tele-cozinheiras, e de Ana Maria Braga. Essa vida na TV começou em 1996. Depois Sandra foi fazer curso no CIA, o Instituto Culinário Americano, em Nova Iorque. Passou pela Band e pela Record.
“A minha preocupação era, e ainda é, a profissionalização, conta ela. Queria fazer vídeos com aulas sobre cozinha, mostrando tudo. Não é comprar a massa pronta e cozinhar. É fazer a massa, o molho, mostrar a origem de tudo”.
Um dia – e lá se vão quase quatro anos – Sandra mostrou seu projeto para Fátima Augusto, que respondia pelo departamento comercial da Paulista. A conversa não foi lá aquelas coisas, e ficaram de voltar ao assunto. Fátima tinha outras ideias – ela é fascinada por cinema.
A nova conversa deu frutos. Das paixões das duas nasceu o programa e seu nome. “Durante o programa exibimos trechos de filmes – conta ela – e procuramos levar convidados que se identifiquem com o filme. Por exemplo – o nosso convidado de hoje gosta de filme onde há praias. Então podemos fazer um peixe”.
Quando o convidado não tem tanta preferência pelo filme, Sandra estuda o filme, vê a preferência dos atores principais, o que se passa no filme, para depois colocar em prática no programa. Até Toy Story rendeu pratos e sobremesa. “O filme resgata valores esquecidos, pois hoje a criança é comprada com brinquedos, que depois são abandonados. No filme, o personagem quer que os brinquedos sejam dados a outra criança depois de cansar”, explica.
Tem um porém. Nenhum dos 180 convidados que passaram pelo Temperos de Cinema sabia o que comeria durante a gravação – e são quatro gravações por semana, às segundas e terças-feiras. E se o convidado tiver restrição a alimentos, Sandra dá um jeito.
A sobremesa, para ela, é a parte mais difícil. “Tudo o que é usado na sobremesa precisa ser pesado e medido, não é como o prato principal, onde a gente pode colocar a criatividade em ação”, afirma. Espantada com a audiência, Sandra já se acostumou ser reconhecida nas ruas. Nas filas de supermercados a história é outra – as que a reconhecem pedem dicas, dadas prazerosamente.
Sandra, além do programa, tem seu buffet. Sua queda para negócios é coisa antiga. “Quando ia à escola, nem sempre levava lanche, e naquela época não havia merenda escolar, ela conta. Quando não havia lanche, levava uma banana, e daí surgiram apelidos”.
Em casa – e ela nem tinha completado doze anos – Sandra se queixou ao pai que a banana estava rendendo brincadeiras. O pai deu um jeito, e a ensinou fazer uma torta de bananas, levada à escola no dia seguinte, dentro da mochila. Problema: a calda entornou e o cheiro da torta se espalhou na sala.
A professora quis saber o que era aquilo, e ela mostrou a torta. A sugestão foi cortar e repartir com a classe. “Nada de repartir, disse, eu vou vender pedaços da torta”, conta. E vendeu, trocou por lápis, borracha, caderno, e de quebra, recebeu encomenda de outros professores.
Aos 15 anos, Sandra já fazia eventos gastronômicos para oitenta pessoas. Aos 18, com o dinheiro dos doces, comprou seu primeiro carro. No dia a dia, nada de muita sofisticação. Seu prato preferido é arroz, feijão e bife. E seu café da manhã, pão com ovo. Nada mal para quem saiu de Pereira Barreto, perto de Furnas, para fazer a vida por aqui.

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