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quinta-feira, 25 abril, 2024

Maxi consegue proibir menores após às 18 horas

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Desde o último final de semana, o Maxi Shopping de Jundiaí está fazendo valer uma decisão da Justiça, obtida por liminar pedida pela administração do shopping: às sextas e sábados, após às seis da tarde, menores não poderão entrar desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Em nota, o Maxi Shopping alega é sua preocupação é com a segurança, incluindo os menores.
Por partes. A frequência aos shoppings, e principalmente ao Maxi, nos finais de semana, é de gente que está a passeio. O comprador, aquele que gasta, desapareceu há alguns meses, movido pela situação econômica. Os lojistas que o digam. Por falta de opções, os jovens encontraram no Maxi um ponto de encontro e lazer.
Dentro do shopping, os menores não têm dado motivos para tanto cuidado. Mesmo na época em que o “rolezinho” se tornou moda, em Jundiaí nenhum foi registrado. O problema de segurança é no entorno do shopping, e isso é problema da Polícia, não da administração do Maxi.
Há casos de roubos de dinheiro e celulares nos pontos de ônibus próximos, como também há casos de consumo de drogas em praça próxima, na Vila Rio Branco. Mas não são os menores que atraem esse tipo de comportamento – onde houver concentração de pessoas, seja lá onde for, haverá oportunistas, como ladrões ou traficantes.
A atitude do Maxi Shopping agradou os lojistas, que teriam pedido tal providência, e alguns consumidores eventuais que por lá aparecem nos fins de semana. Talvez tenham se assustado com o grande número de jovens nos cinemas e na praça de alimentação. Ou até passeando em seus corredores.
Menores que frequentam o shopping (e que agora juram não por os pés nunca mais), alegam discriminação social. “O shopping não gosta de pobres, dizem alguns. Lá eles acham que porque nóis é pobre nóis é tudo bandido. Mais logo nóis cresce e a gente vai comprar em outro lugar (sic)”.
Por outro lado, o juiz da Infância e Juventude, Jéferson Torelli, tem razões para conceder a liminar. Em tese, menores de idade deveriam estar em casa durante a noite. Na prática, se não forem ao shopping, irão a outros lugares, não tão seguros nem tão cofiáveis. No entender de muita gente, o Maxi está promovendo exclusão social, na contramão dos movimentos atuais.
Como o Maxi Shopping é um lugar particular aberto ao público – o que é diferente de um lugar público – nem precisaria ir à Justiça. Como particular, pode estabelecer normas para sua frequência, assim como bares e restaurantes proíbem pessoas de entrarem com animais ou sem camisa.
O problema do Maxi pode se estender a outros shoppings, pois entende-se que esses menores buscarão outros lugares, onde também haja praça de alimentação e cinemas. E talvez, até por vingança, comportem-se exemplarmente. Questão de tempo.

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