15.5 C
Jundiaí
sexta-feira, 19 abril, 2024

Editorial: Petulância e ignorância

spot_img

Estão se tornando muito comuns as queixas de pessoas que são mal atendidas nos mais diversos lugares. A falta de educação, aliada às irmãs gêmeas petulância e ignorância, faz de alguns dos atendentes verdadeiros exemplos de tudo o que deveria ser banido, execrado e sepultado.
Isso está em todos os lugares. Desde o balconista que demora para atender, fingindo não ver o cliente, ocupado com seu celular conectado a alguma rede social, cujo conteúdo é o mais completo besteirol. Passa pelo garçom preguiçoso, que não vê hora de sair do serviço e apressa o cliente com perguntas óbvias, cuja tradução nada mais é o tá demorando por que?
Passa também pelo motorista que atola o pé no acelerador, preocupado em chegar ao seu ponto final antes do horário para conversar com coleguinhas de profissão e outros amigos. O passageiro, no caso é só um detalhe, e não a razão de seu trabalho.
Passa ainda por atendentes de bancos, encarregados de fazer uma espécie de triagem e orientação, que só emitem a senha de atendimento após ouvir toda a história. Detalhe: dão um visto na senha, como que, sem sua assinatura, o atendimento seria negado.
Essa afirmação de autoridade, de poder, tem muitas facetas. Pra que serve ninguém sabe. Se alguém quiser uma resposta negativa, basta perguntar ao encarregado pela vigilância do lugar se pode ou não fazer tal coisa. A maioria das respostas será não. O porquê do não é outra história. Mas o sujeito afirmou sua autoridade, mostrou poder.
Nem médicos escapam dessa mania de poder. Nem todos, logicamente. Mas há plantonistas de fins de semana, via de regra mal humorados porque estão trabalhando enquanto a maioria não está, que atentam contra as normas da boa educação. São grossos, estúpidos – e se esquecem que, não fossem os pacientes, não estariam no emprego em que estão. E que também não seriam chamados de doutores.
O velho ditado recomenda que, para se conhecer de fato uma pessoa basta lhe dar poder. É aí que ela se revela, mostra seu lado ruim. E quando não dão poder, muitos o tomam, ou pensam que são alguma coisa. Não passam de vice-treco da vice-coisa. Ou seja, nada.
O curioso de tudo: pessoas que realmente mandam, que têm poder, costumam ser educadas. Falam baixo. Usam palavras simples e afáveis para dar ordens. Jamais gritam. Jamais usarão o célebre sabe com quem está falando? Como se conclui, ignorância e petulância são privilégios dos ogros.

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas