A diversidade tem sido o assunto mais debatido dos últimos tempos e não poderia ser diferente para a Mattel, gigante que produz a Barbie. A boneca completa, neste ano, seis décadas de existência cumprindo a missão de incentivar meninas ao redor do mundo a acreditarem que podem ser o que quiserem e ter sucesso.
Como parte das comemorações, a empresa deve lançar bonecas com deficiência física, segundo Lisa McKnight, diretora geral e vice-presidente sênior da Barbie, que ao conceder entrevista a Universa adianta que as bonecas terão prótese na perna e cadeira de rodas.
Em 1997, a Mattel lançou uma boneca cadeirante chamada Becky, que era amiga da Barbie. O problema: Becky não cabia na Dreamhouse; sua cadeira de rodas não passava pela porta nem entrava no elevador, o que, segundo reportagens da época, fez a marca desistir da produção.
Com média de mais de cem bonecas vendidas por minutos, em 150 países, e um total de 58 milhões delas comercializadas ao não, a Barbie já foi muito criticada no que se refere às proporções de seu corpo – inatingível na vida real – e à sua falta de representatividade e de identificação física com grande parte das meninas.
Atenta a isso, a Mattel vem há alguns anos investindo em bonecas com cabelos crespos, cacheados, coloridos, também negras e plus size – mesmo que ainda não cheguem perto de representar uma mulher gorda.
Barbie foi criada em 1959 pela americana Ruth Handler (1916-2002). Desenvolver uma boneca adulta e com formas femininas, quadril e seios, foi bastante corajoso para a época, quando as meninas costumavam brincar com reproduções de bebês.