A Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu quebra de sigilo das empresas e sites responsáveis por divulgar um vídeo de sexo falsamente relacionado à atriz Paolla Oliveira.
“A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) solicitou a quebra de sigilo e enviou o pedido à justiça, mas ainda não obteve resposta”, informou a assessoria da polícia.
De acordo com o advogado da atriz, Ricardo Brajterman, a quebra de sigilo foi do IP (identificação) dos computadores que publicaram o vídeo.
Paolla não quis dar entrevistas assim que deixou a Delegacia de Repressão aos Crimes da Internet (DRCI), em julho no Rio, onde registrou uma ocorrência contra os responsáveis por compartilhar o vídeo. Quem aparece nas imagens, na verdade, é uma atriz de filmes pornográficos norte-americana. Logo depois que deixou a delegacia, Paolla desabafou no seu Instagram sobre o caso.
“Estive hoje na delegacia para cumprir um dever cívico, não só por mim, mas também por todas as mulheres que, diferente do meu caso, realmente tiveram sua intimidade exposta.
A atriz lamentou que na era digital um simples celular possa acabar com a intimidade de pessoas públicas e anônimas.
“Maior do que a vergonha de se ver exposta é a importância de não deixar esses crimes impunes. Meninas, mulheres, pessoas de todos os tipos, protejam-se.”
“Foi muito violento mesmo não sendo eu naquele vídeo, fico imaginando a dor de quem é realmente vítima de pornografia de vingança ou qualquer tipo de exposição da sua intimidade. A internet não se apaga. Cuidem-se. Nossa privacidade é um bem muito valioso pra entregar nas mãos de outras pessoas. Deixo aqui meu agradecimento especial a DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes da Internet)”, concluiu.
Titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), o delegado Pablo Sartori ouviu o depoimento Paolla Oliveira e explicou que ela estava visivelmente abalada.
“Com o depoimento e material que a polícia tem, a instauração de inquérito, quebra de sigilo policial, nós partimos para identificação dos autores e a pena pode chegar até um ano de prisão.
“De acordo com o delegado, como é um vídeo falso relacionando a atriz, algo que ela não participou, trata-se de um crime contra a honra simples.”
“O importante destacar é que vários crimes como esse aconteceram, e como todos os anteriores, nós vamos descobrir quem são os autores e serão levados para a Justiça para responder pelo crime.
“O delegado destacou que, embora as pessoas pensem que na internet estão protegidas pelo anonimato, isso não acontece. “A polícia sempre descobre e leva à Justiça os autores dos fatos. Todos os que propagam e replicam o vídeo respondem pelo crime da mesma forma.”